sexta-feira, 23 de maio de 2008

Abertas as inscrições para o 7ª SPA das Artes Recife 2008

SPA oferece Bolsas de Incentivo à Produção e à Residência Artística no valor total de R$ 40 mil

Considerado um dos mais importantes encontros de intervenção e ação urbana nas artes visuais do Brasil, o SPA das Artes Recife 2008, abre , nesta sexta-feira (23/05), as inscrições para os artistas visuais interessados em concorrer às bolsas (Residência Artística e Produção). O SPA é uma realização da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura da Cidade do Recife em convênio com a Sociedade de Amigos do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães.



Para se inscrever, os interessados devem baixar o formulário de inscrição e o regulamento no site da Prefeitura do Recife www.recife.pe.gov.br. As inscrições seguem até o dia 7 de julho. Este ano, o evento ganhou um incremento no valor total das bolsas que passou de R$ 36 mil para R$ 40 mil. As bolsas são para as modalidades de incentivo à produção; e residência artística, esta última categoria substituiu, este ano, as bolsas de incentivo à formação. O edital foi publicado na última terça-feira (20) no Diário Oficial do Município.

O formulário e ficha de inscrição devem ser entregues na Gerência Operacional de Artes Visuais e Design (Pátio de São Pedro, casa 11, Bairro de São José. Telefone: 3232.1410. Cep: 50.020-220) ou no Museu Murilo La Greca (Rua Leonardo Bezerra Cavalcanti, 366. Paramirim. Telefone: 3232.4467) ou ainda pelo correio, preferencialmente, por meio de serviços de entrega expressa – SEDEX, para os artistas que postarem no final do prazo regulamentar. As propostas só serão aceitas se entregues até o dia 11 de julho. A seleção dos vencedores será procedida entre os dias 18 e 19 de julho (etapa única) e divulgada dentro de um prazo de sete dias, por meio de Diário Oficial, site da PCR e ainda imprensa.

Os artistas contemplados poderão apresentar seus trabalhos, nas mais diversas linguagens que compõem o campo das artes visuais, como condição prevista no regulamento, durante o SPA. Os trabalhos serão executados tanto em espaços internos quanto em locais públicos, com datas firmadas durante o ato de inscrição da proposta. As propostas aprovadas também passarão por uma fiscalização maior durante a semana do SPA para que sejam realizadas assim como firmadas no ato da inscrição (incluindo data e local) para que o público possa acompanhar melhor a sua programação. Como está estabelecida no edital, a bolsa é paga metade no momento da seleção e a outra metade após o evento.

Diferente do ano passado, este ano o SPA não disponibilizará bolsas de incentivo à formação. "Essa medida vem do amadurecimento da organização do evento que entende que o cenário atual das artes no Estado já contempla os artistas locais com equipamentos e ações formativas importantes. Como contrapartida, a organização do SPA dará maior espaço para outra modalidade, a Residência Artística", explica Márcio Almeida, gerente Operacional de Artes Visuais e Design.

Entre as novidades, o evento também volta a acontecer durante uma semana, entre os dias 7 e 14 de setembro. Com a proposta de ser um grande encontro, a abertura do SPA das Artes Recife'08 será marcado pelo encerramento da Semana de Fotografia do Recife (31 de agosto a 7 de setembro), que num ato inédito, terá uma ação integrada à programação mostrando a interface existente entre essas duas linguagens artísticas. Outra mudança diz respeito ao retorno ao Pátio de São Pedro, como acontecia nas primeiras edições do evento. "Não teremos um prédio ocupação. E o Pátio de São Pedro terá a função de ser uma espécie de centro de irradiação. Um local de aglutinação e articulação dentro do SPA", explica André Aquino, da equipe de coordenação do 7ª SPA das Artes 'Recife 2008.

O evento continua sendo um convite para que a cidade vivencie as várias nuances que envolvem o mundo das artes visuais e possa tomar parte da produção artística contemporânea. Para possibilitar esse "mergulho", o SPA promove várias atividades entre palestras e debates com críticos, curadores e pesquisadores; bate-papo com artistas; oficinas; além de contar com uma programação de exposições, performances e intervenções artísticas em espaços urbanos; lançamentos de livros e distribuição da ReviSPA e do Mapa das Artes do Recife. O evento, que é realizado desde 2002, conta com a participação de artistas das mais variadas formações, tanto da cidade como de outras localidades do Brasil e exterior; o que se constituí numa de suas principais características.

Mapa das Artes 2008 – Também já estão abertas as inscrições para participar do Mapa das Artes Visuais. Criada para ter validade de dois anos, a publicação ganhará atualização dos dados este ano; além de incluir a cadeia produtiva de fotografia, como uma novidade. Como o nome sugere, o Mapa tem objetivo de funcionar como uma espécie de guia da produção cultural da cidade do Recife. O seu conteúdo faz um registro da cadeia produtiva das artes visuais (e agora fotográfica), reunindo mais de 200 tópicos mapeados, entre indicações sobre artistas plásticos e seus ateliês, grafiteiros, videastas, fotógrafos, espaços expositivos e instituições que oferecem cursos e oficinas; além de fornecedores de materiais e serviços. O Mapa tem distribuição gratuita, durante todo o ano, nos principais pontos culturais e turísticos da capital. Como não funciona como agenda, a edição dá conta da "cadeia produtiva" da cidade sem precisar ser reeditado a cada edição do SPA. Para se inscrever basta mandar as informações para Eva Duarte (Telefone: 3429.2190 ou pelo mapadasartes@yahoo.com.br).

Contatos:

Márcio Almeida - Gerente Operacional de Artes Visuais e Design e Coordenador Geral do SPA das Artes Recife´08: 9974.9197

André Aquino – equipe de coordenação do SPA das Artes Recife´08: 8649.2269 3232.1409

sábado, 17 de maio de 2008

O GRUPO FALAK MOSTRA A SUA CARA!!!


Depois de participar de algumas apresentações em espaços e mostras árabes, no dia 25 de abril de 2008, o Grupo Falak, grupo de Dança do Ventre que faz parta da Cia de Danças João Teimoso, mostrou sua coreografia A SENSUALIDADE DA DANÇA DO VENTRE NOS RITMOS AFRO, no PERNAMBUCO EM DANÇA 2008, no palco do Teatro do Parque. Em cima de ritmos afro, como o lundu e outros, foi composta uma coreografia unindo a Dança do Ventre com estes ritmos do afro, mostrando a sensualidade, similaridade e as diferenças destes ritmos com a Dança do Ventre. Mostrando que este grupo veio para ficar e mostrar, que os ritmos podem se fundir, sem perder suas características de cada um e que essas uniões, servem para somar e contribuir para um grande espetáculo!
TÍTULO: A SENSUALIDADE DA DANÇA DO VENTRE NOS RITMOS AFRO
COREOGRAFIA: PRYSCILLA DURDANA
DIREÇÃO ARTÍSTICA: OSÉAS BORBA NETO

O GRUPO FALAK - COMPOSTO POR:
*PRYSCILLA DURDANA
*DRI RA'EESAH
*NESSA PARVANEH
*KELL FADILAH
*MARILLA
*DRYCKA SAUDDA
*MARIA LUIZA
*PATRICIA

sexta-feira, 2 de maio de 2008

ATORES E PRODUTORES DIVERGEM SOBRE A LEI DE INCENTIVO AO TEATRO



A natureza do financiamento de produções teatrais - se público ou privado - e a desigualdade na distribuição de recursos entre espetáculos comerciais e populares foram o foco das divergências entre os participantes da audiência pública promovida, nesta terça-feira (29), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em conjunto com a Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro, Música e Comunicação Social. O debate foi o segundo realizado com a finalidade de discutir o anteprojeto da Lei Geral do Teatro, elaborado pela CE com base em sugestões apresentadas por atores e produtores teatrais.
Em defesa da proposta, que mantém o mecanismo de incentivos fiscais previstos na Lei Rouanet, o ator Odilon Wagner, vice-presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes, argumentou que a centralização de recursos no eixo Rio-São Paulo não é causada pelo mecanismo de captação de recursos, mas por falha na distribuição das verbas pelos órgãos públicos. Segundo explicou, o anteprojeto busca um novo modelo de gestão dos recursos. Odilon Wagner também defendeu a criação de uma Secretaria Nacional de Teatro, no âmbito do Ministério da Cultura, conforme previsto na proposta dos artistas.
- Nosso foco aqui deve ser a gestão cultural. O Ministério da Cultura parece falido e a Funarte, engessada. Queremos uma secretaria específica para o teatro, para ser gerida por pessoas do setor - salientou.
Também favorável à proposta, a atriz e produtora Irene Ravache disse que os profissionais que fazem teatro comercial enfrentam o preconceito daqueles que fazem "teatro de rua". Ela comentou ter-se tornado produtora para buscar os recursos necessários à montagem de peças teatrais e negou que atores mais conhecidos tenham facilidade em conseguir patrocínio para suas peças.
- Não conheço nenhum produtor de teatro milionário. Todos estão tentando pagar suas contas, dando emprego para muita gente. Quem faz o chamado teatro comercial está fazendo algo de qualidade, que também é modificador do ser humano - argumentou.
No mesmo sentido, a produtora Tatyana Laryssa Rubim considerou que os problemas estão no processo de aprovação de projetos pelo Ministério de Cultura. Para ela, uma Lei Geral do Teatro será uma ferramenta de política cultural capaz de aperfeiçoar a parceria entre a iniciativa privada, os profissionais de teatro e o governo.
Críticas
Contrário à proposta, Ney Piacentini, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, avaliou que o anteprojeto repete os erros da Lei Rouanet. Ele defendeu proposta de fomento ao teatro baseado no financiamento público do setor. Para Piacentini, atualmente os recursos captados por incentivos fiscais têm sido manipulados pelo marketing empresarial, "favorecendo uma elite", em detrimento dos pequenos e médios projetos. Assim, reivindicou a manutenção de um fundo de cultura e o direcionamento de recursos por meio de editais.
- Cultura é um direito, como a educação. Uma politica pública nesse setor deve ser voltada à população. Sou contra a mercantilização do teatro - opinou.
No mesmo sentido, Oséas Borba Neto, representante do setor no Conselho Nacional de Políticas Culturais, observou que a nova lei deve contemplar as diferenças existentes no país. Ele apontou distorções entre as regiões brasileiras em termos de acesso a recursos para a produção teatral, mas também ressaltou a existência de discrepâncias nesse acesso até dentro de uma mesma região.
- O teatro é para o povo. A responsabilidade do Senado é atender ao Brasil, e não apenas ao interesse de pequenos grupos - frisou.
Buscando a agregação de esforços, o ator e diretor teatral Amir Haddad lembrou que empresários e políticos podem ganhar com o investimento em arte, "que dá voto e retorno financeiro". Ele apelou aos políticos para que façam uma lei "com responsabilidade", de forma a assegurar o fortalecimento do setor.


Iara Guimarães Altafin / Agência Senado(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
74311


Mais Informações: