Aconteceu nesta última terça-feira, dia 23 de março um debate sobre a missão da TV Pública, no auditório do Porto Digital, no Recife Antigo. O encontro “Pra que serve uma TV Pública?” foi o primeiro de uma série de três eventos preparatórios para o seminário de apresentação das propostas do Grupo de Trabalho, que será baseada nestas discussões com produtores independentes, artistas e integrantes da sociedade civil.
Para nortear os debates, foram convidados o jornalista Jonas Valente, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social – e a radialista, que fez varias colocações pertinentes e deixou alguns questionamentos para pensarmos, Jonas é co-autor do livro “Sistemas Públicos de Comunicação no Mundo”. Também teve a participação de Indira Amaral, Diretora Presidente da Fundação Aperipê, órgão gestor das emissoras Aperipê TV, além de rádios AM e FM em Sergipe. Ela faz parte da diretoria da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), que também deixou grandes colocações. Participou também a secretária de Ciência e Tecnologia Luciana Santos e o diretor-presidente do Detelpe/TV Pernambuco Roger de Renor reiterando a importância da ampla participação da sociedade. Ainda serão realizados outros dois encontros como este. Um sobre gestão e outro sobre novas tecnologias. Todas as discussões serão sistematizadas e agregadas às propostas do Grupo de Trabalho para a reformulação da TV Pernambuco.
Na entrada os presentes receberam o seguinte domumento:
REFORMULAÇÃO DA TV PERNAMBUCO
Uma Necessidade Democrética
A TV Pernambuco é uma concessão de canal comercial outorgada ao Governo de Pernambuco e gerida como uma televisão estatal. O atual governo, consciente da importância desta ferramenta de comunicação, da necessidade de proceder o seu desenvolvomento e sensível aos argumentos e reinvindicações dos produtores de informação, cultura e cohecimento do Estado e do movimento pela democratização da comunicação, resolveu instituir im processo que objetiva alavancar a qualidade do veículo e ampliar o caráter público em sua programação e no seu perfil. Isso significa ampliar uma nova maneira de gerir o canal, de conceber e produzir sua programação, de manter e desenvolver sua sustentabilidade e de estabelecer parcerias com produtores locais de conteúdo áudio-visual.
Como uma mudança dessa envergadura não se dá de uma hora para outra, o Governo do Estado está nomeando uma nova diretoria que, respaldada por um Grupo de Trabalho formado por pessoas oriundas daquele movimento que reinvindica um novo tipo de comunicação pública e por representantes de setores do Estadp diretamente ligados à cultura e à informação para, inicialmente em um prazo de três meses, cumprirem as seguintes tarefas prioritárias:
1 – Produzir um diagnóstico e uma proposta para modernizar a geração e distribuição do sinal da TV Pernambuco, atentando para as mudanças tecnológicas em curso no país;
2 – Iníciar a implantação de uma nova grade de programação que respeite a diversidade social, política, cultural, étnica, de gênero de Pernambuco e privilegie a produção existente no Estado e no País. E que, além disso, crie condições para a inserção na Rede Brasil, paralelamente ao incremento e qualificação da produção própria da emissora;
3 – Propor formas de diversificar e incrementar a captação de recursos financeiros da emissora, bem como de qualificação dos seus recursos humanos;
4 – Discutir e elaborar o projeto de reformulação técnica e operacional da emissora e o seu modo de sustentabilidade;
5 – Incrementar as relações de parceria com a rede pública de emissoras , em especial a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e a TV Universitária.
Ao cabo de três meses, as conclusões e os resultados do trabalho da Diretoria e do GT serão discutidos em um amplo seminário que estabelecerá as propostas para a formalização da nova TV Pernambuco e os prazos em que as metas deverão ser cumpridas.
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