Conforme já começamos a fazer, continuaremos a publicar aqui no nosso Boletim, por etapas, os cinco Programas Estratégicos do Plano Municipal de Cultura do Recife agrupam tematicamente todos os planos, programas, projetos e ações de curto, médio e longo prazo da gestão cultural da cidade do Recife, no horizonte dos próximos dez anos (2009 a 2019). Que já foi aprovado em 2009 pela Câmara dos Vereadores do Recife.
Programa Estratégico 3
Patrimônio e Arquitetura
Realizar estudos para viabilizar a candidatura do Recife, junto à UNESCO, ao título de Patrimônio da Humanidade na categoria Paisagem Cultural. Articular com o Iphan a elaboração conjunta da justificativa, preparação da documentação técnica e defesa do pleito junto à UNESCO.
Promover ações do Plano de Salvaguarda do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, em parceria com o Governo Federal, Governo Estadual e iniciativa privada.
Realizar mapeamento de Patrimônio material e imaterial do Recife, com vistas à ampliação, consolidação e divulgação do Cadastro Cultural.
Promover ações de reconhecimento, através do registro e tombamento municipal, dos bens culturais (materiais e imateriais) da cidade do Recife, bem como consolidar ações de Salvaguarda, em parceria com o Governo Federal, Governo Estadual e iniciativa privada.
Criar mecanismos de incentivo, através de renúncia fiscal ou outros instrumentos, para proprietários de bens culturais imóveis de reconhecido valor cultural, contribuindo para a preservação do patrimônio construído da cidade do Recife.
Desenvolver programas de despoluição sonora e visual da cidade, de acordo com a lei 16.476/99, valorizando os conjuntos arquitetônicos que formam o patrimônio cultural do Recife.
Criação do Curso Permanente de Conservadores e Restauradores do Patrimônio Histórico, Religioso e Arquitetônico, a ser desenvolvido por profissionais de reconhecido saber, em parceria com o IPHAN, UFPE, FUNDAJ e outras instituições de competência.
Reconhecer, através de inventário ou registro, as festas religiosas, de importância cultural, como patrimônio imaterial da cidade do Recife.
Promover Festivais e Encontros Nacionais de Cultura Popular, em parceria com a Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura e Fundarpe, trazendo artistas e grupos das várias linguagens e expressões da cultura popular brasileira (frevo, maracatu, samba, bois, cavalo marinho, mamulengo, quadrilhas juninas, pastoris, reisados, entre outras) para apresentações e troca de experiências, valorizando a diversidade cultural e fortalecendo o Recife como um importante pólo de cultura popular.
Consolidar o Projeto Circo do Recife, implantando pontos fixos (armações) em todas as RPAs, valorizando os artistas circenses e fortalecendo as ações de promoção, formação e difusão do circo no Recife.
Implementar políticas públicas voltadas para as manifestações culturais que estão em processo de declínio, assegurando maior visibilidade, reconhecimento, continuidade e conseqüente salvaguarda desses bens, a exemplo da cultura dos bois, mamulengo, reisado, fandango, pastoril, urso, entre outras.
Otimizar esforços, como parte do Plano de Salvaguarda do Frevo como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, para a revitalização das agremiações carnavalescas centenárias remanescentes do frevo, a exemplo do Clube das Pás (1888), Vassourinhas (1889), Lenhadores (1897), entre outras.
Implementar o Arquivo Público do Recife, com a participação do Conselho Municipal de Política Cultural, a partir de uma política arquivística que assegure a preservação, pesquisa e divulgação da memória histórica, administrativa e política do Recife, com base nas diretrizes propostas pelo Arquivo Nacional e Conselho Nacional de Arquivos.
Implantar e consolidar o projeto Centros de Memória nas 18 Micro-Regiões do Recife, articulados aos Centros de cada RPA, localizados nas respectivas Refinarias Multiculturais.
Criar um Programa de Registro e Tombamento do conjunto das casas religiosas de matriz africana e de matriz afro-brasileira como patrimônio material e imaterial do Recife, reconhecendo a sua importância cultural e favorecendo a inclusão social dos terreiros e dos afro-descendentes com a implementação do turismo étnico-religioso.
Reconhecer e apoiar o hip-hop como expressão cultural das periferias urbanas, especialmente dos jovens negros e contribuir para o intercâmbio do movimento cultural hip-hop do Recife com os de outras cidades.
Legitimar a capoeira como expressão artístico cultural, promovendo cursos de capacitação e qualificação dos capoeiristas, tornando-os multiplicadores desta manifestação reconhecida pelo IPHAN/MinC como patrimônio cultural imaterial do Brasil.