Não são todas às vezes e nem são em sua maioria todos os grupos ou produtoras de teatro que conseguem realizar com fôlego intercâmbios culturais. Participar de um festival de teatro é exercer parte deste intercâmbio. O teatro feito pela trupe do Galpão das Artes tem essa marca. No ano passado, 2008, com a ida de DEUS DANADO ao FRINGE os resultados alcançados foram expressivos para manutenção do espaço cultural Galpão das Artes e Consultoria de Ações Culturais em Limoeiro. A visibilidade é um gancho necessário no fomento cultural. Principalmente quando se está a 77 km de Recife e o objetivo sempre é alçar vôos cada vez mais altos. A potencialidade cênica da trupe já foi constatada quando da ida a Portugal , Rio de Janeiro e uma turnê pelo nordeste ( A inconveniência de ter coragem ) e Curitiba no sul do país. Fica constatado que articulação e mobilização são palavras de ordem desses limoeirenses. O apoio recebido sempre veio e vem de diferentes esferas. Ora das três esferas institucionais e ora do comércio e da indústria local. É bem verdade que existe uma particularidade nisto tudo. A rede particular de ensino tem demonstrado uma generosidade digna de reconhecimento. Até porque não é comum a prática neste apoio. Às vezes limitando-se apenas a assistir o espetáculo. Ficando assim constatado que a aliança entre educação e cultura deve permanecer sempre. Em 2009, a essência é outra. A direção de Charlon Cabral em ...no humor como na guerra aposta no tom da comédia diferente do ano passado com deus danado. No palco, quadros valorizam irreverência do cotidiano satirizando com a política unindo mistério e preconceito numa fórmula instigante de que pensar com bom humor é uma saída inteligente. Com este mote Limoeiro chega a Curitiba no período de 16 a 22 de março, no Espaço Cultural FALEC para cumprir curta temporada de quatro dias no maior festival de teatro da América Latina. A novidade não fica por aí somente. A turma do Galpão das Artes vai levar na sua bagagem o artesanato local objetivando exposição e venda. Panos de pratos originais trarão poesia para acompanhar a cena limoeirense. É isso mesmo, os panos de prato terão poesias de autores limoeirenses ( Austro-Costa e Maria José de Barros )com motivação em bordado, pintura a mão, chita e outros. A idéia que se tem é de um exercício de economia cultural unindo linguagens artísticas objetivando chegar ao foco que é Curitiba e seu festival. Passagens, hospedagem e alimentação ganharão uma nova receita na contabilidade do Galpão das Artes. Maneira encontrada para driblar as dificuldades. A Prefeitura do Recife ao lado da ARTEPE – Associação dos Realizadores de Teatro de Pernambuco já sinalizaram seu apoio repassando duas passagens de ida e volta. Estamos aguardando a posição da FUNDARPE/Governo do Estado neste sentido, já que a Prefeitura de Limoeiro, comércio e indúsria se comprometeram em incentivar.
Por: Fábio André de Andrade Silva
Limoeirense
Produtor Cultural
