sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A CULTURA NA PAUTA DO CONGRESSO NACIONAL

A Cultura está em foco no Congresso Nacional e cabe a nós artistas, nos mobilizarmos em favor das PECs e PLs que estão na pauta de votação, para que nossos deputados e Senadores, apoiem e votem a favor da nossa CULTURA. Os projetos são:

§ VALE CULTURA: Projeto de Lei que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o Vale Cultura (PL 5.798/2009).

O Vale Cultura é a primeira política pública governamental voltada para o consumo cultural. Os trabalhadores poderão adquirir ingressos de cinema, teatro, museu, shows, livros, CDs e DVDs, entre outros produtos culturais. O vale será similar ao conhecido tíquete-alimentação. Trata-se de um cartão magnético, com saldo de até R$ 50,00 por mês, por trabalhador, a ser utilizado no consumo de bens e serviços culturais. As empresas que declaram Imposto de Renda com base no lucro real poderão aderir ao Vale-Cultura e posteriormente deduzir até 1% do imposto devido.

Os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos arcarão com, no máximo, 10% do valor (R$ 5,00). Os que recebem mais de cinco salários mínimos também poderão ter o benefício, desde que garantido o atendimento à totalidade dos empregados com proventos abaixo desse patamar. Para esse contingente de salário mais elevado o desconto do trabalhador poderá variar de 20% a 90%. A estimativa do Ministério da Cultura é que 12 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados pelo Vale-Cultura. O consumo cultural no país pode aumentar em até R$ 600 milhões/mês ou R$ 7,2 bilhões/ano.

§ Nova Lei Rouanet - A Lei 8.313, popularmente conhecida pelo nome do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet, define as formas como o governo federal deve incentivar a produção cultural no Brasil. Um Grupo de Trabalho formado pelo Ministério da Cultura analisou as cerca de 2 mil contribuições da consulta pública à Nova Rouanet. A versão final do projeto deverá ser enviada ao Congresso Nacional ainda este mês.

§ Mais recursos para Cultura - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 150/2003 vincula 2% do orçamento federal, 1,5% do orçamento estadual e 1% do orçamento municipal para a cultura. Foi proposta em 2003 pelo deputado Paulo Rocha (PT-PA) e outros deputados. Atualmente aguarda apresentação do relator, deputado José Fernando Aparecido, na Comissão de Cultura.

§ Cultura como Direito Social - A PEC 236/2008, de autoria do deputado José Fernando (PV-MG), que pretende acrescentar a Cultura como direito social no capítulo II, artigo 6º da Constituição. No momento a admissibilidade da PEC está sendo examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

§ Sistema Nacional de Cultura - A PEC 416/2005, proposta pelo Deputado Paulo Pimenta (PT-RS), institui o Sistema Nacional de Cultura e altera o artigo constitucional que trata do patrimônio cultural brasileiro. Passou pela Comissão de Constituição e Justiça e desde 22 de abril deste ano aguarda decisão da Comissão Especial.

§ Plano Nacional de Cultura - O Projeto de Lei 6.835/2006 que institui o Plano Nacional de Cultura, documento que definirá as diretrizes para as políticas públicas de Cultura para os próximos 10 anos. Aguarda votação na Comissão de Educação e Cultura.

sábado, 12 de setembro de 2009

CIA DO ATOR NÚ FAZ RELEITURA DE HAMLET


Uma boa oportunidade para o público do Recife a partir deste sábado (12), no Teatro Barreto Júnior, é o espetáculo pernambucano “Encruzilhada Hamlet”, da Companhia do Ator Nu. É uma releitura do clássico de Shakespeare e uma das novidades desta adaptação é o destaque que os personagens dos coveiros ganham no texto, além das relações e tensões entre esses representantes do povo e o nobre príncipe. A platéia contempla a aparição, no interior de um túmulo de vidro, dos espíritos de Hamlet e do Coveiro. Como estátuas de mármore em um cemitério, inteiramente nuas e enterradas até o abdômen, as duas personagens encenam o conflito entre o grande e o pequeno, o rico e o pobre, o erudito e o ignorante.

Hamlet e o Coveiro são rejeitados pelos vermes, o primeiro pelo risco de estar envenenado e o segundo pela intimidade que possui com a terra. Num espaço exíguo, os dois têm de chegar a um pacto pela boa convivência. Essa tentativa de conciliação move as personagens, mesmo que, aqui, Hamlet esteja em franca desvantagem. Afinal, o Coveiro está em seu lugar de trabalho e, além do mais, considera-se o melhor coveiro do mundo. O príncipe, ao contrário, jamais imaginou em vida dividir com o subalterno seu descanso na morte. “São dois fantasmas, dois espíritos teatrais e só isso torna possível que estejam enterrados na mesma cova”, explica João Denys.

Com apoio do Funcultura e do Prêmio Fomento às Artes Cênicas da Prefeitura do Recife, “Encruzilhada Hamlet” é o terceiro trabalho da companhia, formada pelos atores Edjalma Freitas e Henrique Ponzi. Desde 2004, quando se uniram, os atores convidaram João Denys para dirigir o primeiro espetáculo do grupo. A partir de então, começaram uma pesquisa que teve como ponto de partida a peça “Hamletmachine”, do alemão Heiner Müller, também uma releitura do clássico shakespeariano.

Dando continuidade aos estudos de texto, os atores escreveram sua própria releitura do clássico, estudando as várias traduções, as versões cinematográficas e os estudos a seu respeito. Em 2009, começaram os ensaios para esta nova montagem.

O espetáculo poderá ser conferido no Teatro Barreto Jr., onde segue em temporada até 18 de outubro, sempre aos sábados e domingos, às 20h.

SERVIÇO
Espetáculo “Encruzilhada Hamlet”
Local: Teatro Barrto Jr. - Pina.
Data: de 12 de Setembro a 18 de Outubro. Sábados e Domingos, às 20h.
Ingressos: R$ 10 e R$ 5

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MENINAS DE ENGENHO NO ESPAÇO COMPASSOS



“Vou contar três histórias de menina, três momentos de amor:
Menina Vida, Menina Flor e Menina Dor!”
Estradeira


Meninas de Engenho é uma narrativa poética que conta, através da voz suave de uma velha Estradeira, três histórias distintas do universo feminino: Menina Vida, uma jovem que vende seu corpo para sobreviver, mas sonha em reencontrar Vida, sua boneca de pano, perdida em meio ao asfalto e às sombras noturnas que a rodeiam; Menina Flor, uma adolescente que vive em sua janela uma longa espera por seu Príncipe Encantado; e Menina Dor, uma criança que vagueia sem rumo na estrada depois de ter perdido “três quartos de sua vida”.
O espetáculo marca os dez anos de existência do Grupo Engenho de Teatro e retoma em cena o diálogo com uma linguagem que vem sendo desenvolvida desde sua estréia com o espetáculo O Terceiro dia, obra inspirada no escritor mineiro João Guimarães Rosa.
A encenação é construída a partir de elementos simples e interpretações alicerçadas em uma pesquisa que alia o gesto sintético à fluência narrativa dos contadores de histórias, ninadas por uma música executada ao vivo, que dialoga estreitamente com a trama do texto.
O espetáculo tem o incentivo da Fundarpe, Governo de Pernambuco, através do Funcultura.


FICHA TÉCNICA:
Texto e encenação: Eron Villar
Direção Musical: Kleber Santana
Músicas: Alexsandro Souto Maior e Kleber Santana
“Ritmo e poesia da menina feia”, gentilmente cedida por Nô Stopa.
Cenário e figurinos: Wamberto Oliveira
Execução de figurinos: Sara Paixão
Execução de Cenário: Nagilson Lacerda e Sara Paixão
Maquiagem: Andréa Veruska e Gera Cyber
Confecção da boneca Menina Dor: Leila Leal
Iluminação: Luciana Raposo
Fotografia e imagens: Ângulo Vídeo Produções
Projeto gráfico: Bruno Ximenes
Oficina de Acordeon: Kleber Santana
Oficina de Manipulação de Formas Animadas: Andréa Veruska
Oficina de Contação de Histórias: Alexsandro Souto Maior
Produção Executiva: Grupo Engenho de Teatro
Produtora proponente: Verônica Dantas de Araújo

Atrizes, cantoras, instrumentistas e manipuladoras:
Andreza Nóbrega
Lane Cardoso
Vanessa Lins

Serviço:
Meninas de Engenho
Grupo Engenho de Teatro
Espaço Compassos
rua da moeda, 93 1º andar, recife antigo.
Quartas de setembro às 19h e 21h
1º de outubro (quinta) às 19h e 21h
Ingresso R$ 10,00
Meia R$ 5,00

VALE-CULTURA: AUDIÊNCIA PÚBLICA

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, convida para a Audiência Pública que irá debater o Projeto de Lei (PL 5798/2009, do Poder Executivo) que institui o Vale-Cultura, na próxima segunda-feira, dia 14 de setembro, às 14h, no Auditório do Sindicato dos Bancários, no Recife.


A Audiência é uma das três que serão realizadas no país, para a escuta pública que subsidiará o relator do PL, o Deputado Federal Paulo Rubem Santiago (PE). Também estarão presentes os Secretários do MinC Roberto Nascimento, de Fomento e Incentivo à Cultura; Américo Córdula da Identidade e da Diversidade Cultural e Silvana Meireles, de Articulação Institucional; a Chefe da Representação Nordeste do MinC, Tarciana Portella; o Presidente da Funarte, Sergio Mamberti; o Presidente dos Fórum de Dirigentes Estaduais de Cultura do Nordeste, Márcio Meirelles (Secult BA) e a Presidente do Fórum de Secretários de Cultura das Capitais, Jandira Feghalli (Secult RJ).


O Vale-Cultura é a primeira política governamental voltada para o consumo cultural e possibilitará que empresas disponibilizem, mensalmente, um crédito de R$ 50,00 aos trabalhadores para que esses possam ter acesso aos bens e serviços culturais. O Governo Federal concederá renúncia fiscal de parte do valor dispendido para as empresas que aderirem à iniciativa, que também terá contrapartida do trabalhador, levando em consideração o orçamento familiar do mesmo. Estima-se que cerca de 12 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados pelo Vale-Cultura, injetando recursos na ordem de 600 milhões de reais por mês ou 7,2 bilhões de reais por ano na economia da cultura.


Com o Vale-Cultura os trabalhadores poderão adquirir ingressos de cinema, teatro, museu, shows, além de livros, CDs e DVDs, entre outros produtos culturais.

(Maiores informações sobre o Vale-Cultura no sítio do MinC – www.cultura.gov.br ou na RR/NE MINC 81-3194.1300)


AUDIÊNCIA PÚBLICA

Segunda-feira, dia 14 de setembro, das 14h às 18h

Sindicato dos Bancários: Av. Manoel Borba, 564 – Boa Vista - Recife

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

OS TRÊS PORQUINHOS VOLTAM AOS PALCOS DO RECIFE


A peça que há anos faz o sucesso da garotada, Os três porquinhos volta aos palcos do Recife, desta vez no Teatro do Parque e fica em cartaz até o dia 18 de outubro.
Você já parou para pensar no futuro ou em que casa pretende morar? Os três porquinhos: Prático, Cícero e Heitor estão pensando nisso, mas cada um está construindo sua casa com um material diferente. Enquanto Prático, o mais correto dos irmãos, decide levantar sua moradia com tijolos e cimento, os outros dois preferem um abrigo de palha e madeira. Mas o Lobo Mau, mestre em disfarces, vai se aproveitar da invigilância de Cícero e Heitor.
Ficou curioso para saber como termina essa história? Então não perca tempo, o Teatro do Parque apresenta a peça Os três porquinhos sempre aos domingos, a partir das 16h30. O musical infantil mostra que a preguiça e viver a vida sem pensar no futuro pode trazer muitos problemas.
Tudo acontece numa floresta onde fantasia e realidade se misturam. Ah! E o final do espetáculo é recheado de surpresas. A montagem com adaptação de Reginaldo Zarpa e direção de Cleusson Vieira.